domingo, 12 de abril de 2009

Aspecto Exotérico da Seita Quimbandeira:


Como a seita quimbandeira possui intuitos no mínimo questionáveis, não é de interesse de seus manipuladores que seu aspecto esotérico prevaleça sobre o exotérico, que pode ser interpretado como o ritual em si. Este por sua vez, como todo credo que se baseia na existência do Espiríto como eterno, utiliza-se da mediunidade para traduzir as respostas dos desencarnados aos encarnados, o que se difere neste caso é o nível moral e espiritual, tanto dos praticantes da seita, quanto a dos espirítos que dela se valem.

O ritual, como é exposto em inumeras casas ditas "de religião", chega a ser esdrúxulo, se examinado a Luz da Razão, pois as manistações do des seus exus são, além de anímicas e mistificantes, sem nenhum objetivo distinto. O que se pode observar durante o ritual é um cenário à média luz, bebidas álcoolicas a vontade, fumo, cantigos que são um deboche aos valor maior da Vida, pois enaltecem a morte, alguns contém ameaças veladas, supostamente a inimigos daquele grupo. Quanto ao vestuário: homens de terno, gravatas, capas, bengalas; mulheres de vestido de gala, enfeitadas para a noite... uma caracteristica chama a atenção, o uso do chapéu por ambos os sexos, colocado de modo a encobrir seus olhos próprio estilo dos que mentem e trapaceiam, desviando seu olhar para não serem desmentidos ou questionados.

Enfim, todo cenário relembra os antigos prostíbulos do séc. XIX e ínicio do séc. XX, sendo que, os cantigos entoados também mencionam o exu como um malandro e sua companheira pomba-gira como uma prostituta, e se assim o é, como podem tais entidades servirem senão aos mais diversos vícios, até mesmo como a sexualidade amoral e instintiva, própria de seres atrasados nos reais valores do espiríto quanto parte divina da criação. A sexualidade, por sinal, mal orientada, é um dos maiores vícios e serve para escrvizar os fracos de pensamento, o povo de exu, sabendo disso, passa a servir de obssessores asos encarnados, atuando em seu perispiríto ( ou corpo fluidíco ) junto ao Chakra Sacral ou Chakra Sexual. A exemplo dessa atuação nefasta, está o fato de exu adorar modificar a natureza dos seres ( relembrado serem eles de origem discidente, objetivando causar a transgresão da sociedade organizada ), claro a isso é o grande número de adeptos homossexuais ou de sexualidade mal resolvida, afirmando os mesmo que exu aceita a tudo, sendo isso óbvio, pois ele nada possuem além do seu desejo desenfreado de auto-satisfação.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Quimbanda em duplo aspecto: Esotérico e Exotérico.











Como todo culto, independente de seus objetivos, sejam moralmente aceitos ou não, a Quimbanda também possui um duplo aspecto: Esotérico, interno e de caracter psíquico que nos remete aos seus mitos e o Exotérico, externo, popular que nos leva ao ritual em si. Embora o Exoterismo, dentro da Quimbanda, prevaleça sobre o Esoterismo este último não pode ser desconsiderado, pois ele guarda os segredos do ínicio do culto, e que são manipulados por seus seguidores mais mal intencionados do que aqueles que simplesmente se envolvem na busca de satisfazer vontades pessoais.




O Esoterismo não é muito divulgado por dois simples motivos, o primeiro, citado anteriormente, é dos "sacerdotes" do culto não desejarem revelar seus embustes, e o segundo, é, em se tratando de um culto implantado em meio a pessoas de origem humilde, onde a falta de instrução é maior, há o desinteresse pela pesquisa, pelo estudo ou pelo básico de parar para analisar se tais práticas podem levar a um crescimento moral, espiritual e social.




O apecto esotérico é, para os que possuem boa vontade de aprender, meditar e realizar um julgamento ético e moral, de muito mais fácil entendimento. A Quimbanda nada mais é do que um aglutinado de lendas e mitos, que anteriormente serviam para incutir medo naqueles que não aceitavam se submeter a conduta religiosa e moral de épocas anteriores, e tem por seus conduteres do lado espiritual, por assim dizer, seres amorais, que em suas existências terrenas não aceitaram as regras sociais impostas para obem de seu grupo, em suma eram subversivos a ordem geral. Tais espirítos, inconformados com sua situção de atraso, decidiram servir de entrave aos outros espirítos, criaram mitos como o do inferno, onde nada mais é do que o afastamento da Verdadeira Luz, neste suposto lugar seriam eles onipotentes, senhores de suas vontades, libertos do julgamento moral que porventura a eles pudesse ser aplicado.




Para tanto, era necessário a figura de um ídolo, um novo "deus" criado a sua vontade, surgiu daí a esdrúxula figura do diabo, cuja etmologia significa caluniador, ou em sua primitiva versão hebraica, Satan ( ou Satanás ), que significa opositor. Seria, então, um "ser" oposto a Deus e capaz de lhe fazer frente, ou pelo menos, tumultuar seus intuitos, tais com fez Irshu em gurra cívil contra seu próprio pai, coincidência ou transliterações de mitos a lendas, o fato é que uma segunda "Força" deveria ser criada para satisfazer a vontade dos rebeldes espirituais.




Posteriormente outras figuras foram sendo agrupadas as primeiras lendas, como Lúcifer ( do latim lux: luz e ferus: portar, carregar; Aquele que trás a Luz ), embora tal denominação fosse atribuida , por incrível que pareça, ao planeta Vênus, que antecede o Sol, tanto no alvorecer quanto no porvir, "trazendo a luz", este foi mais um ser demonizado para a comodidade dos embusteiros da fé, trazer a luz soaria mais bem-visto aos incautos seguidores




do culto. Outra figura atrelada ao culto de forma distorcida, obviamente, Belzebu, que se origina do primitivo conceito de deus dos fenícios, Baal ( que significa Senhor, e cada cidade possuía seu "Senhor" ou seu "Baal" ) e Zebub ( que no hebraico denomina "aquilo" ou "coisa" que pode voar, nesse caso os chamados elementais do ar ) por uma interpretação erronêa Baal-Zebub foi tido como o "Senhor das moscas", isto para coincidir com o fánatismo da fé cristão no período da ídade média, onde, ou se estava ao lado da Igreja ou contra ela e seu "Deus", Belzebu passou a ser um ícone de protesto contra a hípocresia religiosa em vigor, álem de servir aos espertos charlatões místicos.




Mais adiante, foi acrescentado ao este sistema indistinto de culto, o termo cabala ( outra palavra de origem hebraica, Kabbala, que se traduz por: Aquilo que é recebido, ou aquilo que é aceito. Tal sistema, baseado na teoria mítica da sincronicidade, que prega que as conincidências são sinais de Deus e podem, se forem pesquisadas com minúcia podem revelar fatos novos, ou simplesmente, afirma que nada é por acaso e sabendo da origem pode se chegar ao resultado das ações antes que elas ocorram ). A Kabbala original afirmava que as palavras possuem poder próprio, os nomes possuiriam uma vibração que causaria um movimento psíquico no astral, desta forma a cabala quimbandeira passou a atribuir a cada Exu uma denominação especial, oriunda de antigos "demônios" europeus e da mitologia judaica-cristã, nomes como Pentagnony, Aschtaroth entre outros.




Por fim, a de se concluir o óbvio, a quimbanda, em seu sistema híbrido, é uma mescla de interesses, lendas, embustes que aproveitando-se da porcentagem numerosa da população sem acesso a cultura, criou um cenário de mistificador de soluções, embora questionáveis, para problemas simples como aquisições de bens materias, conquistas afetivas, vingança contra opositores, e tudo mais que possa contrariar a Lei Natural da Evolução do Espiríto.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

O Surgimento do Culto Quimbandeiro no Brasil:


O culto quimbandeiro, tal como o conhecemos na atualidade, é um complexo de cultos indistintos, lendas, mitos e interesses escusos ( como, por exemplo, a manipulação de pessoas de humildes e incultas ). Por mais que isso possa ferir a pseudo-ética de qualquer praticante deste culto esta é a verdade.

A humanidade, de forma geral, sempre buscou culpar algo ou alguém por seus eventuais desacertos, criou o mito do mal, a figura do "diabo", que ainda hoje é explorada pelas instituições religiosas. Tornou-se cômodo incutir em uma única figura aquilo que não se compreende diante dos planos naturais, tais como a doenças, as mortes, etc... Guerras, independentes dos motivos, foram associadas de tal forma: Deus está ao meu lado, logo, o "Diabo" está ao lado de meu inimigo.

Por outro lado, este mesmo inconformismo, pela incompreensão das Leis do Universo, fez com que um grupo de pessoas buscasse um "auxílio do outro lado", o Diabo agora é visto como uma potência que pode interferir e ser benéfica aqueles que se submeterem a sua vontade. Na realidade, estes embusteiros do esoterismo buscavam apenas satisfazer seus desejos imorais e sórdidos, como vinganças, caprichos sexuais, vícios como o álcoolismo e situações das mais desprezíveis.

É sob este contexto de culpas incutidas e de tentativas de escapar da moral da sociedade organizada, que surge o culto da quimbanda, onde não a moral a ser temida e podesse dar um "jeitinho", tal como ofereciam os feiticeiros de épocas anteriores. Neste cenário a figura de Exu ressurge lentamente, acabasse por se ressuscitar os seguidores de Irshu, os Exud, os degredados da Luz. Estes, para escaparem de uma nova e eventual perseguição, associam-se a arquétipos populares: o malandro e a meretriz, mas sempre com um suposto poder de satisfazer seus fiéis.

Obviamente no começo não foi assim, poucos eram os conhecedores de tais entidades, eram tratados em sigilo, e não abertamente como em nossos dias. Tais entidades, habitantes do Umbral ( Lugar espiritualmente definido como de sombras, por ser habitado por espíritos não evoluidos, causadores de vícios e fomentadores de vinganças ) eram invocadas apenas para levar a seu local de origem eventuais energias nocíveis enviadas por outros praticantes do baixo-espiritismo. Em suma, os primeiros umbantistas se valiam, de forma discreta, dos exus para desmancharem feitiços encomentados por pessoas de moral questionável.

terça-feira, 7 de abril de 2009

O Culto as Trevas chega ao Brasil:


Ao contrário do que se imagina, o Culto subversivo dos exud chega ao Brasil pelas mãos dos europeus, e não dos africanos, pois estes os combatiam em suas terras ( Exemplo disso é o fato de até a atualidade os feiticeros serem perseguidos, expulsos ou mortos na Nigéria, pelo fato de se negarem a prestar ao seviço do Bem e da sociedade ). Na Europa surgem as primeiras Lendas sompre seres maléficos e sobrenaturais, tais como vampiros e bruxas, o que numa comparação simplista ajudou a formar os primeiros conceitos de Exu. Tudo isso de modo discreto, exu é cultuado em segredo, o que ajuda a manter-se como um ser de força e poderes ocultos que favorecem a quem lhes presta homenagem.

Com o avanço da Ciência a Magia de forma geral, a serviço da Luz ou das Trevas, perde seu domínio, não sendo mais atração ao mais esclarecidos. A figura do Exu passa a ser mais uma vez desapercebida pela sociedade, sendo camuflados em ritos secretos.

O Exus e sua nova emigração: a chegada na Europa.

Mesmo sendo novamente derrotados, o Povo de Irshu, exud, não se dão por vencidos, partem para a Europa, ainda na época do Império Romano, misturam-se a outros Povos já existentes na região, tais como os Celtas, criam rituais próprios e se colocam de forma desabercebida pelas autoridades locais, que visavam somente o lucro dos impostos. Porém, com o advento do Cristianismo, seus Deuses Pagãos transformam-se em Demônios ( o que não é nenhuma novidade, o vencedor sempre esta do lado da Luz... ou, ao menos, assim se proclama ).
A Igreja desocupa o altar dos Deuses para erigir o altar dos seus Santos, mudam os personagens mas não o enredo, por assim dizer. O Povo passa a ser excluido, a Igreja, outrora Cristã de fato, agora passa a ser corrupta em todos os seus apectos e níveis, do padre ao papa passando por seus bispos e cardeais, seu domínio é, contudo, ofuscado no Período Renascentista, o homem passa a alto-valorizar-se e tem por símbolos os antigos Deuses. A Igreja não satisfeita os demonisa novamente começando uma guerra contra os que a ousam contrariar, o povo passa a ser privado de ter seu pensamento em desacordo com a vontade do clero.
É nesse clima de Inquisição que o Povo de Exud se reanima, passam a colocar o povo contra a Igreja, afirmando que se a Igreja é contra os desválidos o Diabo pode ser uma segunda opção, surge então a Magia Negra, que sátiriza os rituais da Igreja de Roma. O "Deus" de Roma é bom para aqueles que detém o poder e os demais? O "Diabo" é a opção, incutem os Exud de forma discreta. Começam os tribunais do Santo Ofício, ou Inquisição, milhões de seres humamos são exterminados ( Mais pessoas do que na primeira e segunda Guerras Mundiais juntas ). O clima de trevas, de ambos os lados, Igreja corrupta e Exud insurgentes do povo, só é amenizado pela Luz da Verdade, que tem por principal expoente o Frei Martinho Lutero, que passa a questionar os dogmas do Vaticano, como a venda de indulgências e o favorecimento ilícito de poucos privílegiados. Lutero separa a Igreja de Roma do conceito do Deus Verdadeiro, Justo e Misericordioso, o povo não mais precisa cultuar o oposto para se sentir protegido, bastando cultuar o Verdadeiro de modo correto. O mal volta a ser condenado e os Exud perseguidos.

A Origem do Nome (Etimologia das palavras):

Para se coompreender melhor as origens do chamado Culto Quimbandeiro faz-se necessário conhecer o real significado das palavras: Exu, Quimbanda, Pomba-Gira, Cabala... Antes porém devemos retornar a Lenda de Irshu. Este, juntamente com seu seguidores (agora seu povo) emigram para o Oeste da Índia, em direção oposta ao Sol Nascente (fato muito significativo em seu simbolismo: a fuga do Sol, a fuga da Luz.) chegam na região do Golfo Pérsico e fundam suas comunidades: Sodoma e Gomorra. Sim, o Povo de Irshu cria um "Paraíso de Libertinagem" por assim dizer, mas como nada fica desapercebido diante da Consciência Universal, todo deve ter seu início e seu fim, conforme o equílibrio da da natureza e das sociedades. Abraão, de origem caldéia, e, mais tarde, patriarca do Povo Hebreu, passa a habitar em Sodoma. Por ser homem de fé verdadeira observa os escândalos de seus concidadões, e leva suas dúvidas diante de seu Deus.
O que deveria ocorrer? O óbvio: a destruição de Sodoma e Gomorra e de seus habitantes. Abraão e sua família retiram-se para que a ira da Justiça do Senhor se faça valer sobre os imperfeitos. Seja por ação direta de Deus e seus Anjos, ou por força da Natureza ( O que vem a ser a mesma coisa no sentido esotérico ) Sodoma e Gomorra são destruídas, os sobreviventes são denomidados de "exud" que significa expulsos ou degredados no dialeto palí da língua hebraica. Irshu, Exud e por fim "Exu", nada tendo a ver, portanto, tais termos com a Língua Yorubá, visto que Exu ou Esù em tal língua significa Diabo, Satanás...
Quanto as palavras Quimbanda e Pomba-Gira estas são corruptelas de palavras do dialeto kibuto, do Povo Bantu provenientes da da Região de Angola, Congo e Moçambique. Quimbanda origina-se Kbanda, feiticeiro, curador, etc. ( mas, é claro, um kbanda também possuía seus objetivos escusos ou, ao menos, duvidosos...). Quanto ao termo Pomba-Gira vem de kbongbogire, que significa, na mesma língua o semelhante a Esù dos Yorubás: Diabo, Satanás, enfim um ser maldoso. Como no Brasil ambas as culturas se mesclaram, Yorubás e Bantus, Esù passou a designar o macho, e Kbongbogire a fêmea...

segunda-feira, 6 de abril de 2009

A Questão do Mito na Prática da Quimbanda:

O Mito sempre foi uma forma de alto-inaltecer da Humanidade, seja por seus Heróis, ou mesmo seus vilões, pois na criação do mito a força própria de cada um é o que interessa para que os homens, em sua ignorancia pudessem se colocar em igualdade com a Força Maior, a do Criador...
Portanto, a Quimbanda se utiliza de mitos para se fazer valer, mitos como o do "malandro", a "moça de vida fácil", o " feiticeiro", ou de qualquer um que possa se valer de um dom especial para conquistar os seus objetivos de forma simples, sem se preucupar em julgar se tais podem prejudicar este ao aquele semelhante. Pode isso ser provir de Deus?
Exemplo que podemos citar é de onde afinal surgiram os chamados "Exus". Uma de suas Lendas ( a Lenda, cabe esclarecer, é posterior ao sentido do Mito, a história original, até então, é transformada em um conto mais simplista, a Lenda em si.) nos remete ao Cisma de Irshu, ocorrido a 5.200 a.C. na Índia pré-vedantica. Irshu príncipe rebelde, filho do Imperador Ugra, não se conformando em ceder o trono ao seu irmão mais velho Tarak'ia, resolve confundiar o Culto Natural, criando um culto próprio, para arregimentar seguidores que iniciam uma revolta armada contra o Imperador. Distinguim-se daí a criação de duas escolas esotéricas: A Dórica ( A escola do Sol) que pregava que Deus como príncipio masculino da Criação é o mesmo junto a Natureza, o príncipio feminino. E Jônica ( A escola da Lua) que afirmava que Deus e a Natureza são distintos entre si. Irshu tentou simplesmente tumultuar os Príncipios Divinos para favorecer seus objetivos escusos... porém não logrou êxito e foi expulso, juntamente com seus seguidores, do território indiano. Irshu vira Rei mas de um povo nomâde, e acabam por se estabelecer na Ásia Menor, Arábia e Egito, sendo que seus objetivos continuam sendo os mesmos: subverter as Leis Naturais confundindo a população, na intenção de criar um governo próprio de tirania.
Somente por esse mito podemos comparar Irshu e seus seguidores com os "Exus", a rebeldia contra as Leis Naturais, o egoísmo em querer fazer valer sua vontade custe o que custar, o fato de serem expulsos ou colocados a margem da sociedade, terem a Lua ou a noite por símbolos, visto que tanto o Culto de Irshu quanto o da Quimbanda são realizados no período noturno, para confundir os incautos e tornar seus objetivos mais escusos ainda.